quarta-feira, 29 de abril de 2009

Os Contos de Fadas...

Enquanto crianças, temos contato com inúmeras histórias "infantis" das quais nos lembramos pelo resto de nossas vidas (ou não). Nossa compreensão acerca dessas histórias é bastante intuitiva, mas alguns detalhes podem ser melhor analisados depois que ficamos "velhos" e passamos a enxergar maldade (no bom e no mal sentido) em tudo. Um exemplo: a doce e inocente Chapeuzinho Vermelho. A menina desobedece a uma ordem explícita de sua mãe, que é não falar com estranhos, chegando a revelar ao animal o paradeiro de sua avó. Por que ela faz isso? Algumas versões da história colocam o lobo (mau) como um personagem extremamente simpático e elegante, ou seja, capaz de seduzir uma garotinha (talvez até garotonas). Em algumas versões nem existe um lenhador (ou caçador), e ambas, neta e filha, são simplesmente devoradas.

Se você fosse criar uma nova versão de Chapeuzinho Vermelho, o que escreveria de diferente da atual história?

domingo, 26 de abril de 2009

Ainda sobre Tiradentes...

Sim, resolvi mexer um pouquinho mais neste assunto, copiando aqui o ótimo comentário enviado pelo prezado Contador de Histórias:


O mito de Tiradentes vem sendo criado pela propaganda republicana há mais de um século e meio através de monumentos, pinturas, festas cívicas e livros de história. Com a proclamação da República a mitificação de Tiradentes ganhou um novo impulso. Era necessário um herói nacional que garantisse legitimidade a República instituída por um golpe militar à revelia dos interesses da população. A Monarquia gozava da simpatia do povo, mas nunca se importou muito em criar um imaginário político. A República não podia se dar a este luxo, pois tinha que conquistar os corações e as mentes dos brasileiros. Assim, a Inconfidência Mineira transformou-se em mito de fundação da República e Tiradentes tornou-se pai fundador.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cacau Cabeludo?


Sim, só pode. O chocolate que comi foi feito com cacau cabeludo. Tudo bem quando encontramos uma lagartinha bem escondida no alface ou um bichinho se remexendo dentro da goiaba que mordemos. Porém, o que pensar de um ovo de Páscoa cabeludo (o cabelo estava enroscado no chocolate)? Se o processo de produção é automatizado, de onde vem o cabelo? Do cacau, é claro.

Só para constar, não comi o cabelo e a marca do chocolate é Garoto!

Fotógrafo oficial do Blog: Lucas.


Uma noite mal dormida

Dorme Morfeu,
que hoje eu acordei dentro de uma vaca.
O som de sua mastigação
lembrava o balançar de água em lata,
e eu achei aquilo o fim.
Detesto qualquer barulho vindo de boca
que não seja palavra,
até o estalo de um beijo irrita,
se ele não é dado em mim.
Da Silva

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Por que aquilo aconteceu com Joaquim José da Silva Xavier?

Bem, vamos começar assim: aquilo (dito no título) significa morte por enforcamento. Pode-se tentar fechar a discussão dizendo que ele foi um inconfidente, ou seja, faltou com fidelidade ao rei. Porém, não é suficiente. Vamos tentar mais uma explicação: Tiradentes falava abertamente sobre a necessidade de revolução e pregava-a em qualquer lugar, ao contrário dos outros inconfidentes. Mais essa: após vários interrogatórios, nos quais negava sua participação (e dos outros) no movimento, assumiu sozinho a culpa. Finalmente: era o inconfidente de posição social mais baixa e de patente militar inferior. Seria isso tudo ou alguma outra coisa? Além disso, seria a Inconfidência Mineira um movimento tão importante assim, a ponto de um de seus revolucionários tornar-se herói nacional?

Ele era cachaceiro?

Palavras podem esconder mais que mostrar...

Passei por terra que mar não banha,
para encontrar vestígio de história
à qual achava que pertencia
agora a saudade acompanha
o que me restou de memória
quem me dera ser Marília.

Não pude esperar você
que me via tão mineira
de coração em pedaços
subindo essa ladeira
invadindo seu verso
esperando um beijo seu.

Tão ocupado com suas linhas
sofrendo sua digna dor de boteco
a você, bastava ser Dirceu.
Da Silva

domingo, 19 de abril de 2009

Mais adentro...

De quê parece se tratar um filme que termina com a seguinte poesia?

“Mar adentro, mar adentro,
E na leveza do fundo,
Onde se cumprem os sonhos,
Juntam-se duas vontades
Para cumprir um desejo.


Um beijo incendeia a vida
Com um relâmpago e um trovão,
E em uma metamorfose
Meu corpo já não era meu corpo;
Era como penetrar no centro do universo:

O abraço mais pueril,
E o mais puro dos beijos,
Até sermos reduzidos
Em um único desejo:

Seu olhar e meu olhar
Como um eco repetindo,
sem palavras:

Mais adentro, mais adentro,
Até o mais além do todo
Pelo sangue e pelos ossos.

Mas sempre acordo
E sempre quero estar morto
Para seguir com minha boca
Enredada em seus cabelos”.
Ramón

Sente-se bem hoje?

Então comece a escrever!