domingo, 24 de maio de 2009

Edukators

Três jovens alemães encontraram uma forma interessante e ilegal de protestar: invadem casas de pessoas ricas, mexem nos móveis tirando-os de lugar e deixam mensagens para os moradores, tais como: "Os anos de fartura acabaram." Tudo bem, até que um deles comete um erro e daí pra frente segue toda a história do filme. Porém, o que realmente deteve meu pensamento foi o fato de que um deles, Jule, havia se envolvido em um acidente de carro, resultando na destruição do automóvel de um rico empresário. Jule é condenada a pagar os prejuízos, e para isso levará longos anos de sua vida trabalhando arduamente. A quantia que Jule deve pagar não é significativa para o empresário e aí está a questão. Todos vamos concordar que, se ela foi culpada pela destruição do automóvel, ela tem a obrigação de pagar, certo? Certo! O mesmo acontece se alguém empresta dinheiro a uma pessoa que está em grande dificuldade financeira. Ainda que o credor não precise daquele dinheiro, há uma ânsia em receber o pagamento da dívida. Muitas vezes, credor e devedor são amigos, mas negócio é negócio, certo? Certo, queridos! Então, não importa se um amigo nosso está com dificuldade pra botar o leite em casa e nos pede dinheiro emprestado para tal. O que nos interessa é quando ele vai pagar, ainda não precisemos desse dinheiro para comprar o leite que jamais falta em nossa casa. Ai de fulano se não nos paga! Acaba a amizade e ainda falamos horrores dele pra todo mundo.
P.S: não devo nada a ninguém!http://pt.shvoong.com/movies/1898716-edukators/

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O Gato Preto

Edgar Allan Poe

A narrativa começa com ares de que a história se trata de um homem comum, cujos traços de docilidade e "meiguice" se mostrariam evidentes desde a infância. A descrição do seu afeto pelos animais passa a idéia de um ser humano tranquilo e bem-intencionado. O personagem gasta várias linhas descrevendo seu animal favorito, um gato preto, o que estimava e por ele era estimado. A narração do processo de mudança de temperamento, e por que não dizer de caráter, do personagem é feita de forma fria e distante. Ainda que contada em primeira pessoa, é notória a forma impessoal como o homem fala sobre seu comportamento rude e violento para com seus animais de estimação e para com sua própria companheira. Ele se diz horrorizado pelas suas atitudes, mas não parece sentir verdadeiro remorso pelos seus crimes. A sucessão de fatos "extraordinários" pode representar as idéias insanas que se passam na mente do narrador, demonstrando inclusive a necessidade de se auto-destruir. A história é interessante por revelar certas características perversas do caráter humano. Não é necessário se identificar com o personagem ou com seus atos para se sentir um gosto amargo na boca. Gosto que representa o mistério de nosso espírito. Será que realmente nos conhecemos tão bem assim?

http://pt.shvoong.com/books/short-story-novella/1897691-gato-preto/

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mar Adentro

Em sua juventude, o protagonista do filme sofreu um acidente que o deixou tetraplégico por quase três décadas. Em determinado momento de sua vida, ele decide suicidar-se. Porém, necessita da compreensão e da ajuda de outras pessoas para que possa fazer isso. Surge então a grande questão do filme: uma pessoa tem o direito de desistir de sua própria vida? A morte pode ser vista como uma opção? Ramón, o personagem que pretende se matar, goza de perfeitas funções mentais e se mostra bastante consciente acerca de sua decisão. Seus familiares se dividem entre a aceitação, o silêncio e a raiva pelo que ele deseja que seja feito. Porém, todos compartilham de um mesmo sentimento: a dor. Não só a dor de perdê-lo para a morte, mas principalmente a dor pelo fato de ele desejar morrer. Ramón está sempre cercado de carinho e atenção de sua família, mas é óbvio que isso não lhe é suficiente. Falta-lhe algo sem o qual ele acredita não fazer mais sentido seguir adiante. Sim, Ramón decide morrer. Diante de seu sofrimento e argumentos, seus familiares decidem não julgá-lo. E você, o que decide?

Fonte: http://pt.shvoong.com/movies/1893802-mar-adentro/

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Reciclagem de Papel

A reciclagem do papel é um processo que, apesar de não ser isento da produção de resíduos, economiza matéria- prima, pois permite recuperar as fibras de celulose do papel velho e as incorpora na fabricação do novo papel. Embora a matéria-prima seja "renovável", o objetivo de se obter a madeira conduz normalmente a extensas monoculturas de espécies que podem fazer desaperecer quase a totalidade da fauna e da flora nativas. Os papéis não podem ser reciclados indefinidamente devido à perda da sua qualidade, uma vez que a cada vez que se recicla um papel, o tamanho de suas fibras diminuem e ele fica um pouco mais fraco. Outro problema são os pigmentos presentes no papel. O branqueamento do papel requer que a polpa de fibra virgem ou reciclada passe por tratamentos químicos com peróxido, dioxido de sódio, dioxido de cloro, ozônio e ácido, precisando ser lavada em cada etapa, gerando grande poluição das águas.
Talvez caiba a nós a mudança de certos hábitos, uma vez que a reciclagem de papel ajuda, mas não resolve o problema ambiental. Devemos diminuir drasticamente o consumo de papel e, para isso, seguem algumas dicas simples: 1) não utilizar folhas brancas para rascunho, preferindo papéis de pior qualidade e aqueles já utilizados em uma das faces; 2) xerocar e imprimir somente aquilo que vamos ler e estudar, e que não podemos por algum motivo analisar na tela do computador; 3) não utilizar papéis coloridos, pois a pigmentação atrapalha a reciclagem.

Tipos de papéis que podemos reciclar:
Caixas de papelão
Jornal
Revistas
Impressos em geral
Fotocópias
Rascunhos
Envelopes
Papéis timbrados
Cartões
Papel de fax

http://pt.shvoong.com/business-management/health-care-management/1896707-reciclagem-papel/

sábado, 9 de maio de 2009

Babel

Preconceito, incompreensão e violência: isso poderia descrever o lugar onde vivemos ou mesmo nossos lares, mas falemos de Babel.

O filme é um emaranhado de histórias cujos personagens estão espacial e culturalmente separados, mas apresentam uma característica em comum: a dificuldade em se comunicar, em entender o outro e ser por ele entendido. Um casal de americanos tenta resolver suas diferenças viajando juntos ao Marrocos, como se alcançar o outro lado do planeta fosse suficiente para se enxugar lágrimas e dissolver mágoas. Nessa viagem, a mulher é baleada por uma criança que brinca com a arma do pai. Longe dali, nos Estados Unidos, os filhos do casal estão aos cuidados da babá mexicana, com a qual se comunicam em espanhol. A babá está se preparando para o ir ao México ver o casamento de seu filho e é surpreendida pela notícia de que seus patrões não poderão voltar dentro do prazo previsto. Ela decide levar as crianças junto para o México no carro de seu sobrinho. Porém, a volta aos Estados Unidos torna-se complicada quando um policial da fronteira desconfia da história dos mexicanos, que a propósito vivem legalmente no país. Uma verdadeira "conversa de loucos" é travada, resultado em ordem de prisão e fuga dos mexicanos através do deserto. No Japão, uma menina surda-muda reage ao suicídio de sua mãe com atitudes vulgares e de notada auto-destruição. Ela não sabe como expressar suas angústias, nem como pedir a atenção e o carinho do pai em um momento tão difícil. Babel é um filme denso e, ao final, você provavelmente não saberá como se expressar a respeito dele.

Fonte: http://pt.shvoong.com/movies/1896260-babel/

terça-feira, 5 de maio de 2009

Um Dia sem Mexicanos

Este filme é uma comédia com ótimas tiradas sobre a questão da imigração mexicana na Califórnia. Os Estados Unidos vivem atualmente um grande impasse em relação aos cerca de 13 milhões de mexicanos ilegais em seu território. Esses imigrantes não pagam impostos, vivem em condições precárias e são acusados pela população americana de sobrecarregar o sistema de saúde do país. Os americanos alegam que o dinheiro para tratar os clandestinos sai do bolso de cada um deles, cidadãos honestos que pagam todos os seus impostos devidamente. Neste contexto, o filme tenta mostrar o outro lado da moeda: o que seria do poderoso país chamado Estados Unidos se não fosse a mão-de-obra e a presença mexicana.
Mexicanos e descendentes desaparecem de um momento para outro deixando a Califórnia em meio ao caos. Lixo se acumula nas ruas, um enorme número de professores não aparece para trabalhar, operários da construção civil deixam obras inacabadas e empregadas domésticas não comparecem às casas de seus patrões para salvá-los da estupidez de não conseguirem cuidar de sua própria comida e filhos. A Califórnia simplesmente colapsa. Em um determinado momento, os mexicanos então ausentes, passam a ser amados e sua volta intensamente desejada pelo americanos. O povo reconhece a partir daí o valor da presença do imigrante.
A busca por culpados é característica marcante da natureza humana. Se a economia do país não vai bem, culpe os mexicanos que tiram o trabalho (pesado e por vezes perigoso) dos americanos que não querem os cargos que os mexicanos ocupam, mas querem que estes também não os ocupem (dá pra entender?). O sistema de saúde cobra caro, culpe os mexicanos ilegais que possivelmente só procuram um hospital em situações gravíssimas justamente por serem clandestinos, e esqueça a quantidade de processos que as pessoas abrem contra médicos nos Estados Unidos, fazendo com que estes cobrem altas taxas para que possam ter um pé-de-meia em caso de precisarem pagar polpudas indenizações. Esqueça seus erros, encontre um culpado e seja feliz!

Fonte:
http://pt.shvoong.com/movies/1895023-um-dia-sem-mexicanos/