segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pequenas ações, grandes resultados!

Já escrevi neste blog sobre um site através do qual é possível patrocinar uma criança (ou várias) e ajudá-la a ter um pouco mais de esperança e oportunidade. No presente post, volto a tocar nesse assunto: pequenas ações que podem trazer grandes resultados. O site "doeSMS" é um canal de doações através de mensagens pelo celular. O responsável pelo site seleciona uma determinada instituição ou pessoas com necessidades especiais para receber as doações. A contribuição consiste em alguns centavinhos e será de grande ajuda a quem precisa. Aliás, tenha certeza de que o dinheiro chegará a quem precisa! Que tal uma ajudinha?

domingo, 14 de agosto de 2011

Aquele que carregou a arma

Há algumas semanas atrás, um ser humano matou dezenas de pessoas na Noruega em prol de uma causa: a pureza racial, seja lá o que isso signifique. Esse ser humano, cujo nome eu me recuso a escrever nesse blog, ainda se prestou a escrever um manifesto no qual afirma que o Brasil é um país dilacerado pela miscigenação, entre outras inúmeras pérolas. Bem, esse comentário eu também me recuso a discutir. O que eu sinto necessidade de mostrar neste texto é a minha preocupação em relação ao contexto em que o massacre acontece. Morando a alguns meses na Holanda, eu posso dizer: eu tenho medo. A Europa se tornou um caldeirão no que se trata à questão da imigração, e parece que o caldo está prestes a entornar.
Quando vi a notícia do massacre, pensei: "Quantos outros pensam o mesmo?". Acredito que muitos. Eu tenho medo de que aquele ser humano seja simplesmente quem chegou a carregar uma arma e atirar. Na minha percepção, imigrantes não são bem-vindos aqui, principalmente os islâmicos. Não acredito que 100% da população os odeie, mas acredito que boa parte da população gostaria de se ver livre deles. A verdade é lamentável e a tensão é grande.
A violência no Brasil é assustadora, todos sabemos, mas morar no velho continente também não me garante uma vida em paz.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Redes sociais: seja feliz você também!

Meu irmão já não é mais um adolescente há muito tempo e é um cara bem vivido. Um dia veio até minha casa para uma visita e me perguntou: "posso usar seu computador? Preciso acessar a minha conta no Facebook." Eu estranhei a situação. Meu irmão, um quase reacionário (seja lá o que isso signifique exatamente), com uma conta no Facebook? Não resisti e perguntei: "por que você fez uma conta lá?". Ele respondeu todo sorridente e já ansioso para sentar na frente do computador: "porque todo mundo é feliz no Facebook". Eu fecho o meu caso, pois ele tem razão. É difícil ver uma carinha triste no Orkut ou no Facebook. Todo mundo está transbordando alegria, bem-estar e sucesso. Sinceramente, eu gostaria de criticar isso, mas não posso. Todos nós criamos personagens para lidar com uns com os outros e com nós mesmos. A vantagem das redes sociais é que você tem muitos recursos e tempo para incrementar sua figura. É só escolher a melhor foto e as frases mais legais. Parece falso, mas é legítimo. Precisamos de uma bela vitrine, precisamos ser amados. É legítimo, humano e compreensível. Vamos todos ser felizes e deixar as críticas de lado! Sorria, você caiu na rede!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Freud e o mal-estar inerente à condição humana

Freud diz que o objetivo do ser humano é atingir a felicidade e mantê-la. Porém, o máximo que se consegue alcançar são momentos efêmeros de alegria, originados a partir da satisfação de necessidades imediatas. Esse sentimento de alto grau de bem-estar logo se dissipa, dando lugar a um sentimento menos intenso. O autor afirma que os momentos de melancolia e dor são bem mais frequentes que os de felicidade. Ele discorre sobre três fontes de sofrimento que afeta o homem: (i) o corpo, que estando condenado a perecer, não pode evitar a dor e a angústia; (ii) o mundo externo e (iii) os vínculos com outros seres humanos. Para se firmar as bases da civilização, o poder e o desejo do indivíduo foram substituídos pelas necessidades da comunidade. Portanto, todos nós temos que aprender a conviver com regras, limites, responsabilidades, frustações e principalmente com a negação. Em troca, obtemos maior segurança no que diz respeito às nossas relações, uma vez que não é mais a lei do mais forte que prevalece. Ao menos teoricamente, direitos e regras cabem a todos.

sábado, 16 de janeiro de 2010

AJUDA AO HAITI

Creio que a essa altura não é mais necessário explicar a tragédia que se deu no Haiti no dia 12 de janeiro, pois a TV e os jornais estão dando ampla cobertura ao fato. Então vamos ao motivo deste post. O correio braziliense divulgou contas bancárias - uma delas é a da Cruz Vermelha - nas quais se pode fazer depósito para ajudar a população do país. Sei que sempre surge a pergunta: será que o dinheiro vai ser realmente usado para ajudar quem precisa? Acho que essa dúvida não deve ser um obstáculo à nossa ajuda àqueles que necessitam, e acredito que o melhor a se fazer é procurar contribuir através de organismos confiáveis e de credibilidade. Bem, a decisão cabe a cada um. Segue abaixo o link para o site:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/14/mundo,i=166581/VEJA+COMO+AJUDAR+AS+VITIMAS+DO+TERREMOTO+NO+HAITI.shtml

domingo, 13 de dezembro de 2009

Continuam a nos sugar...

No período colonial a coroa portuguesa criou o laudêmio, uma taxa sobre a venda dos imóveis na região central de Petrópolis, que ainda nos dias de hoje vai para a família imperial "brasileira". Você acha isso justo?

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/06/448237.shtml

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quanto tempo se leva...?

Era uma vez um português que disse que os brasileiros já tiveram tempo suficiente para reverter desigualdades sociais que poderiam ter sido causadas pela colonização. Ah, só para constar: não é piada.

http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/entre_12.htm

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Filme que retrate com seriedade o Brasil-Colônia

Outro dia estava pensando sobre os filmes que conheço que tratam d0 período colonial do Brasil e me deparei com a questão de que somente um ou outro se prestou a contar a história de forma séria. Dos filmes que conheço, reconheço que não são muitos, praticamente todos usam um estilo debochado, "divertido" e por vezes estúpido de contar partes da nossa história de Colônia. Talvez o objetivo não seja realmente ensinar história ou expor feridas, mas somente divertir, ou melhor, distrair os telespectadores, até aí tudo bem. Porém, com a grande melhora da qualidade do nosso cinema, acredito que está na hora de algum cineasta se propor a ir mais fundo em algumas questões como genocídio dos nativos e escravidão. Pra quê? Não sei, mas acho que se é pra falar do passado, há de se contar a história como ela realmente foi e, sinceramente, acho que a história verdadeira do Brasil não faz ninguém rir.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Portugal deve indenização ao Brasil !!!

Resumindo porcamente: a chegada dos portugueses ao território que hoje chamamos de Brasil é o início de séculos de exploração de uma terra já anteriormente habitada. A primeira fase de exploração é a do pau-brasil, produto de grande valor no mercado europeu, pois era utilizado para construir móveis e embarcações, e para o tingimento de tecidos. Depois veio o cultivo da cana-de-açúcar, outro produto de grande aceitação na Europa. Por fim, o ouro. Esses fatos (sem contar as atrocidades contra nativos e africanos feitos escravos) já são suficientes para que a Coroa acumulasse um dívida com a colônia. O problema é que não se usa o termo dívida quando se trata da relação colonizador-colonizado. Colônia é colônia, está aí para ser explorada, certo? Errado!! Portugal deve ao Brasil, e digo mais: nunca é tarde para se pagar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Não haverá cicatriz

Passa por mim
mas não me enxerga
tenho mãos abertas
em feridas
posso até ajudar
se você me pedir
dou mãos
não espere nada além
que na verdade são só feridas
lavadas a sabão
ainda sujas
lar de larvas recém-nascidas
bem acolhidas
tão familiares
à minha podridão

Da Silva

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Do tempo ao tempo

Fizeram-me de tempo
então me prenderam aqui
nesse corredor de paredes de barro
que racham a cada passo
enquanto caminho sozinha no meio deles.
Sempre com os lábios imundos, escuto:
viva cada dia como se fosse o último!
E eu quero o primeiro
aquele em que ainda não conheço a dor
não a sinto se aproximar
com seus passos macios
trair meu caráter, me dominar
quero o amanhecer do primeiro dia
como se eu não fosse a única
a cometer os pecados mais vis
ainda sem me levantar
Da Silva

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Acharam o Belchior, gente!

Ouvi dizer que foi uma loucura! No site yahoo diz que tinha gente preocupada com o "desaparecimento" do cantor e que a notícia apareceu até no Fantástico. Chegaram até a mobilizar uma busca na internet pelo moço. Eu também busquei por ele quando soube que ele havia desaparecido por um tempo, fui lá no google...Afinal de contas, quem inventou isso? Pergunta idiota, pois nunca vamos mesmo saber e no final das contas nem interessa mais. A questão é essa, podemos espalhar qualquer coisa e está valendo. Por isso meus amigos, da próxima vez que lerem qualquer coisa neste blog, apurem a veracidade dos fatos, nunca se sabe...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quebrou, pagou!

Pensa que não te vi passar?
Posudo, pisando duro
dedo em riste
na cara de alguém
algum desgraçado
que te encontrou pelo caminho.
Pensa que não vi sua dor?
Seu campo queimou,
seu gado definhou,
nao restou planta ou bicho
que suportasse você.
Eu vi que você sofreu
e juro,
compadeci da sua agonia.
Da Silva

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Frases marcantes, ou não!

Guardar mágoa é como beber veneno e esperar que o outro morra. (Shakespeare)

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.(Shakespeare)

Acredito que ele queria era mesmo dizer: "Acorda, criatura! O problema é seu!"

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ainda sobre o Irã / Still about Iran

Contador de Histórias disse...

É tentador culpar a tradição islâmica pela repressão das manifestações populares no Irã em razão do questionamento do resultado das eleições presidenciais. É tentador, mas não é correto. Este evento nos faz pensar sobre o papel da religião na cultura política de um país. A repressão às manifestações populares não foi resultado de um princípio político islâmico, mas de uma cultura política autoritária que vê no conflito um desvio, não o elemento formador do tecido social. O islamismo tem o papel de dar contornos específicos à cultura política iraniana, mas não é responsável pela sua origem. A democracia se caracteriza pela aceitação das divisões sociais criando espaços onde se possam travar lutas em busca da liberdade e da igualdade. O autoritarismo não aceita os antagonismos sociais, pois busca criar uma imagem de uma sociedade una e indivisa não perpassada pelo conflito.

It is tempting to blame the Islamic tradition for the repression of demonstrations in Iran resulted from the questioning of the presidential elections outcome. It is tempting, but it is not correct. This event makes us think about the role of religion in the political culture of a country. The repression of demonstrations was not a result of an Islamic political principle, but an authoritarian political culture that sees the conflict as a problem, not as an element of the social tissue. The role of Islam is to outline the specific Iranian political culture, but it is not responsible for their origin. A democracy is characterized by the acceptance of social divisions creating conditions so people can stand for their point of view in search of freedom and equality. Authoritarianism does not accept the social antagonisms, it seeks to create an image of an indivisible society and not a society permeated by the conflict.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Sobre o Irã / About Iran

Temos ouvido falar bastante sobre a situação política no Irã, mas o que realmente sabemos sobre este país? Quem são essas pessoas? Neste "post" coloco um pequeno texto de um amigo iraniano, a quem pedi que escrevesse um pouco sobre seu país. Conforme prometido, o texto não sofreu absolutamente nenhuma modificação. Gostaria de deixar meus agradecimentos pela sua participação no blog e por nos ajudar a conhecer um pouquinho desse misterioso lugar chamado Irã.

We've heard a lot about the political situation in Iran lately, but what do we really know about this country? Who are those people? I post here a text from an Iranian friend, to whom I've asked some lines about his country. There's been no modification in the text, as promised. I'd like to thank him for taking part on this blog and for helping us to know a little bit more about this misterious place called Iran.

"Iran, once governed by Cyrus the great whose human rights cylinder is the world's first declaration of human rights. Iran, an old country with rich culture and art where Hafez, Saedi, and Rumi raise from. Here is a documentary by Rick Steve aired by PBS on Google video where you can see more about Iran apart from politics.

Today, Iran is witnessing the blood of its innocent men and women on the streets. Whose their only crime was asking the government ÒWhere Is My Vote?Ó, their vote for presidential election on June 12, 2009. Iranians shouted out loud for their rights, freedom, and democracy. They shouted out by the silent voice of Neda, Farsi term for the voice, young beautiful girl who where shot to death in Tehran and the footage of her death shook the heart of millions of people in the whole world.

After two weeks, in Iran people are still fighting for their rights and they will continue to do so as every single person has the right to live a free life and must stand up for it."

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Racism

Is there a cure? If not yet, let's find it!

http://www.allvoices.com/contributed-news/3423898-racism/

A Morte de Michael Jackson

Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009, vítima de uma parada cardiorespiratória, segundo o canal BBC News e vários sites na Internet. Um artista bastante aplaudido, amado, ridicularizado, julgado, idolatrado, entre outros adjetivos. Confesso que estou realmente triste pelo cantor que ele foi, com seus grandes sucessos e inesquecíveis performances. Porém, estou mais triste pelo homem Michael Jackson. Ficou a impressão de que ele atravessou anos e anos lutando contra algo, seja uma doença, seja a mídia, seja acusações...No momento em que soube do seu repentino falecimento, pensei: ele foi feliz?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Viaduto Santa Tereza

Tive medo de caminhar nos arcos da juventude
que não podiam desabar, só me derrubar.
Eu, sem ter caminho que leve à saudade
nem companhia que me traga alento,
já não sofro de vaidade, estou aqui há muito tempo
naquela época, se despencasse
seria uma pena
que se esborracha no chão
uma mulher talvez choramingasse:
"Tão pequena a minha pequena,
teve sua lição!"
Da Silva

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Patrocine uma criança

Para aqueles que querem fazer algo pelos milhões de crianças em condições de risco que existem no mundo, ou pelo menos fazer algo por uma ou duas delas, por favor acessem o site www.ChristianChildrensFund.org. Através dessa organização é possível "adotar" (patrocinar) um(alguns) pequeno(s) em differentes países do mundo e receber notícias de como o seu dinheiro é empregado em favor daquela criança especificamente. Você recebe fotos e cartas de seu afilhado e pode entrar em contato com ele, inclusive fazendo-lhe uma visita. Acredito que nesses tempos de crise, não há investimento melhor que esse.

terça-feira, 2 de junho de 2009

João e Maria

Este conto de fadas trata de uma pobre família em que os pais não tinham condições de alimentar seus filhos, segundo seus próprios relatos. Essa descrição vem acompanhada de uma situação bastante desagradável: os pais, tendo a mãe como precursora da idéia, decidem abandonar as crianças à própria sorte no meio da floresta, pois assim conseguiriam lidar melhor com sua pobreza sem presenciar o sofrimento dos filhos. Como em tantas histórias bastante famosas, a mulher é o ser abominável que influencia e convence o homem obediente e passivo. Neste caso, às vezes a mulher é descrita como mãe, às vezes como madrasta da criança. Ela é a responsável por cortar o "cordão umbilical" das crianças e jogá-los em um mundo totalmente desconhecido, apesar de a floresta ser ao lado da casa onde moravam. A pobreza e a privação são dadas como a causa de tão absurda atitude. Sim, digo absurda, pois estou aqui em minha casa, estou bem alimentada e bem agasalhada, então acho tal decisão totalmente absurda. Não sei o que a fome e miséria extrema podem levar um ser humano, que no caso estará desesperado, a fazer. Aliás, nem quero pensar no que um ser humano desesperado é capaz de fazer. O fato é que as crianças precisam se cuidar sozinhas após serem abandonadas. Eles correm grande perigo mais uma vez ao encontrar uma outra mulher bastante malvada, que chamam de bruxa, e que quer devorá-los. A felicidade das crianças só é possível quando as mulheres danadas morrem. A única mulher a não morrer na história é Maria, pois ela ainda é uma criança, sorte dela.

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/short-story-novella/1899246-jo%C3%A3o-maria/

domingo, 24 de maio de 2009

Edukators

Três jovens alemães encontraram uma forma interessante e ilegal de protestar: invadem casas de pessoas ricas, mexem nos móveis tirando-os de lugar e deixam mensagens para os moradores, tais como: "Os anos de fartura acabaram." Tudo bem, até que um deles comete um erro e daí pra frente segue toda a história do filme. Porém, o que realmente deteve meu pensamento foi o fato de que um deles, Jule, havia se envolvido em um acidente de carro, resultando na destruição do automóvel de um rico empresário. Jule é condenada a pagar os prejuízos, e para isso levará longos anos de sua vida trabalhando arduamente. A quantia que Jule deve pagar não é significativa para o empresário e aí está a questão. Todos vamos concordar que, se ela foi culpada pela destruição do automóvel, ela tem a obrigação de pagar, certo? Certo! O mesmo acontece se alguém empresta dinheiro a uma pessoa que está em grande dificuldade financeira. Ainda que o credor não precise daquele dinheiro, há uma ânsia em receber o pagamento da dívida. Muitas vezes, credor e devedor são amigos, mas negócio é negócio, certo? Certo, queridos! Então, não importa se um amigo nosso está com dificuldade pra botar o leite em casa e nos pede dinheiro emprestado para tal. O que nos interessa é quando ele vai pagar, ainda não precisemos desse dinheiro para comprar o leite que jamais falta em nossa casa. Ai de fulano se não nos paga! Acaba a amizade e ainda falamos horrores dele pra todo mundo.
P.S: não devo nada a ninguém!http://pt.shvoong.com/movies/1898716-edukators/

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O Gato Preto

Edgar Allan Poe

A narrativa começa com ares de que a história se trata de um homem comum, cujos traços de docilidade e "meiguice" se mostrariam evidentes desde a infância. A descrição do seu afeto pelos animais passa a idéia de um ser humano tranquilo e bem-intencionado. O personagem gasta várias linhas descrevendo seu animal favorito, um gato preto, o que estimava e por ele era estimado. A narração do processo de mudança de temperamento, e por que não dizer de caráter, do personagem é feita de forma fria e distante. Ainda que contada em primeira pessoa, é notória a forma impessoal como o homem fala sobre seu comportamento rude e violento para com seus animais de estimação e para com sua própria companheira. Ele se diz horrorizado pelas suas atitudes, mas não parece sentir verdadeiro remorso pelos seus crimes. A sucessão de fatos "extraordinários" pode representar as idéias insanas que se passam na mente do narrador, demonstrando inclusive a necessidade de se auto-destruir. A história é interessante por revelar certas características perversas do caráter humano. Não é necessário se identificar com o personagem ou com seus atos para se sentir um gosto amargo na boca. Gosto que representa o mistério de nosso espírito. Será que realmente nos conhecemos tão bem assim?

http://pt.shvoong.com/books/short-story-novella/1897691-gato-preto/

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mar Adentro

Em sua juventude, o protagonista do filme sofreu um acidente que o deixou tetraplégico por quase três décadas. Em determinado momento de sua vida, ele decide suicidar-se. Porém, necessita da compreensão e da ajuda de outras pessoas para que possa fazer isso. Surge então a grande questão do filme: uma pessoa tem o direito de desistir de sua própria vida? A morte pode ser vista como uma opção? Ramón, o personagem que pretende se matar, goza de perfeitas funções mentais e se mostra bastante consciente acerca de sua decisão. Seus familiares se dividem entre a aceitação, o silêncio e a raiva pelo que ele deseja que seja feito. Porém, todos compartilham de um mesmo sentimento: a dor. Não só a dor de perdê-lo para a morte, mas principalmente a dor pelo fato de ele desejar morrer. Ramón está sempre cercado de carinho e atenção de sua família, mas é óbvio que isso não lhe é suficiente. Falta-lhe algo sem o qual ele acredita não fazer mais sentido seguir adiante. Sim, Ramón decide morrer. Diante de seu sofrimento e argumentos, seus familiares decidem não julgá-lo. E você, o que decide?

Fonte: http://pt.shvoong.com/movies/1893802-mar-adentro/

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Reciclagem de Papel

A reciclagem do papel é um processo que, apesar de não ser isento da produção de resíduos, economiza matéria- prima, pois permite recuperar as fibras de celulose do papel velho e as incorpora na fabricação do novo papel. Embora a matéria-prima seja "renovável", o objetivo de se obter a madeira conduz normalmente a extensas monoculturas de espécies que podem fazer desaperecer quase a totalidade da fauna e da flora nativas. Os papéis não podem ser reciclados indefinidamente devido à perda da sua qualidade, uma vez que a cada vez que se recicla um papel, o tamanho de suas fibras diminuem e ele fica um pouco mais fraco. Outro problema são os pigmentos presentes no papel. O branqueamento do papel requer que a polpa de fibra virgem ou reciclada passe por tratamentos químicos com peróxido, dioxido de sódio, dioxido de cloro, ozônio e ácido, precisando ser lavada em cada etapa, gerando grande poluição das águas.
Talvez caiba a nós a mudança de certos hábitos, uma vez que a reciclagem de papel ajuda, mas não resolve o problema ambiental. Devemos diminuir drasticamente o consumo de papel e, para isso, seguem algumas dicas simples: 1) não utilizar folhas brancas para rascunho, preferindo papéis de pior qualidade e aqueles já utilizados em uma das faces; 2) xerocar e imprimir somente aquilo que vamos ler e estudar, e que não podemos por algum motivo analisar na tela do computador; 3) não utilizar papéis coloridos, pois a pigmentação atrapalha a reciclagem.

Tipos de papéis que podemos reciclar:
Caixas de papelão
Jornal
Revistas
Impressos em geral
Fotocópias
Rascunhos
Envelopes
Papéis timbrados
Cartões
Papel de fax

http://pt.shvoong.com/business-management/health-care-management/1896707-reciclagem-papel/

sábado, 9 de maio de 2009

Babel

Preconceito, incompreensão e violência: isso poderia descrever o lugar onde vivemos ou mesmo nossos lares, mas falemos de Babel.

O filme é um emaranhado de histórias cujos personagens estão espacial e culturalmente separados, mas apresentam uma característica em comum: a dificuldade em se comunicar, em entender o outro e ser por ele entendido. Um casal de americanos tenta resolver suas diferenças viajando juntos ao Marrocos, como se alcançar o outro lado do planeta fosse suficiente para se enxugar lágrimas e dissolver mágoas. Nessa viagem, a mulher é baleada por uma criança que brinca com a arma do pai. Longe dali, nos Estados Unidos, os filhos do casal estão aos cuidados da babá mexicana, com a qual se comunicam em espanhol. A babá está se preparando para o ir ao México ver o casamento de seu filho e é surpreendida pela notícia de que seus patrões não poderão voltar dentro do prazo previsto. Ela decide levar as crianças junto para o México no carro de seu sobrinho. Porém, a volta aos Estados Unidos torna-se complicada quando um policial da fronteira desconfia da história dos mexicanos, que a propósito vivem legalmente no país. Uma verdadeira "conversa de loucos" é travada, resultado em ordem de prisão e fuga dos mexicanos através do deserto. No Japão, uma menina surda-muda reage ao suicídio de sua mãe com atitudes vulgares e de notada auto-destruição. Ela não sabe como expressar suas angústias, nem como pedir a atenção e o carinho do pai em um momento tão difícil. Babel é um filme denso e, ao final, você provavelmente não saberá como se expressar a respeito dele.

Fonte: http://pt.shvoong.com/movies/1896260-babel/

terça-feira, 5 de maio de 2009

Um Dia sem Mexicanos

Este filme é uma comédia com ótimas tiradas sobre a questão da imigração mexicana na Califórnia. Os Estados Unidos vivem atualmente um grande impasse em relação aos cerca de 13 milhões de mexicanos ilegais em seu território. Esses imigrantes não pagam impostos, vivem em condições precárias e são acusados pela população americana de sobrecarregar o sistema de saúde do país. Os americanos alegam que o dinheiro para tratar os clandestinos sai do bolso de cada um deles, cidadãos honestos que pagam todos os seus impostos devidamente. Neste contexto, o filme tenta mostrar o outro lado da moeda: o que seria do poderoso país chamado Estados Unidos se não fosse a mão-de-obra e a presença mexicana.
Mexicanos e descendentes desaparecem de um momento para outro deixando a Califórnia em meio ao caos. Lixo se acumula nas ruas, um enorme número de professores não aparece para trabalhar, operários da construção civil deixam obras inacabadas e empregadas domésticas não comparecem às casas de seus patrões para salvá-los da estupidez de não conseguirem cuidar de sua própria comida e filhos. A Califórnia simplesmente colapsa. Em um determinado momento, os mexicanos então ausentes, passam a ser amados e sua volta intensamente desejada pelo americanos. O povo reconhece a partir daí o valor da presença do imigrante.
A busca por culpados é característica marcante da natureza humana. Se a economia do país não vai bem, culpe os mexicanos que tiram o trabalho (pesado e por vezes perigoso) dos americanos que não querem os cargos que os mexicanos ocupam, mas querem que estes também não os ocupem (dá pra entender?). O sistema de saúde cobra caro, culpe os mexicanos ilegais que possivelmente só procuram um hospital em situações gravíssimas justamente por serem clandestinos, e esqueça a quantidade de processos que as pessoas abrem contra médicos nos Estados Unidos, fazendo com que estes cobrem altas taxas para que possam ter um pé-de-meia em caso de precisarem pagar polpudas indenizações. Esqueça seus erros, encontre um culpado e seja feliz!

Fonte:
http://pt.shvoong.com/movies/1895023-um-dia-sem-mexicanos/

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Os Contos de Fadas...

Enquanto crianças, temos contato com inúmeras histórias "infantis" das quais nos lembramos pelo resto de nossas vidas (ou não). Nossa compreensão acerca dessas histórias é bastante intuitiva, mas alguns detalhes podem ser melhor analisados depois que ficamos "velhos" e passamos a enxergar maldade (no bom e no mal sentido) em tudo. Um exemplo: a doce e inocente Chapeuzinho Vermelho. A menina desobedece a uma ordem explícita de sua mãe, que é não falar com estranhos, chegando a revelar ao animal o paradeiro de sua avó. Por que ela faz isso? Algumas versões da história colocam o lobo (mau) como um personagem extremamente simpático e elegante, ou seja, capaz de seduzir uma garotinha (talvez até garotonas). Em algumas versões nem existe um lenhador (ou caçador), e ambas, neta e filha, são simplesmente devoradas.

Se você fosse criar uma nova versão de Chapeuzinho Vermelho, o que escreveria de diferente da atual história?

domingo, 26 de abril de 2009

Ainda sobre Tiradentes...

Sim, resolvi mexer um pouquinho mais neste assunto, copiando aqui o ótimo comentário enviado pelo prezado Contador de Histórias:


O mito de Tiradentes vem sendo criado pela propaganda republicana há mais de um século e meio através de monumentos, pinturas, festas cívicas e livros de história. Com a proclamação da República a mitificação de Tiradentes ganhou um novo impulso. Era necessário um herói nacional que garantisse legitimidade a República instituída por um golpe militar à revelia dos interesses da população. A Monarquia gozava da simpatia do povo, mas nunca se importou muito em criar um imaginário político. A República não podia se dar a este luxo, pois tinha que conquistar os corações e as mentes dos brasileiros. Assim, a Inconfidência Mineira transformou-se em mito de fundação da República e Tiradentes tornou-se pai fundador.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cacau Cabeludo?


Sim, só pode. O chocolate que comi foi feito com cacau cabeludo. Tudo bem quando encontramos uma lagartinha bem escondida no alface ou um bichinho se remexendo dentro da goiaba que mordemos. Porém, o que pensar de um ovo de Páscoa cabeludo (o cabelo estava enroscado no chocolate)? Se o processo de produção é automatizado, de onde vem o cabelo? Do cacau, é claro.

Só para constar, não comi o cabelo e a marca do chocolate é Garoto!

Fotógrafo oficial do Blog: Lucas.


Uma noite mal dormida

Dorme Morfeu,
que hoje eu acordei dentro de uma vaca.
O som de sua mastigação
lembrava o balançar de água em lata,
e eu achei aquilo o fim.
Detesto qualquer barulho vindo de boca
que não seja palavra,
até o estalo de um beijo irrita,
se ele não é dado em mim.
Da Silva

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Por que aquilo aconteceu com Joaquim José da Silva Xavier?

Bem, vamos começar assim: aquilo (dito no título) significa morte por enforcamento. Pode-se tentar fechar a discussão dizendo que ele foi um inconfidente, ou seja, faltou com fidelidade ao rei. Porém, não é suficiente. Vamos tentar mais uma explicação: Tiradentes falava abertamente sobre a necessidade de revolução e pregava-a em qualquer lugar, ao contrário dos outros inconfidentes. Mais essa: após vários interrogatórios, nos quais negava sua participação (e dos outros) no movimento, assumiu sozinho a culpa. Finalmente: era o inconfidente de posição social mais baixa e de patente militar inferior. Seria isso tudo ou alguma outra coisa? Além disso, seria a Inconfidência Mineira um movimento tão importante assim, a ponto de um de seus revolucionários tornar-se herói nacional?

Ele era cachaceiro?

Palavras podem esconder mais que mostrar...

Passei por terra que mar não banha,
para encontrar vestígio de história
à qual achava que pertencia
agora a saudade acompanha
o que me restou de memória
quem me dera ser Marília.

Não pude esperar você
que me via tão mineira
de coração em pedaços
subindo essa ladeira
invadindo seu verso
esperando um beijo seu.

Tão ocupado com suas linhas
sofrendo sua digna dor de boteco
a você, bastava ser Dirceu.
Da Silva

domingo, 19 de abril de 2009

Mais adentro...

De quê parece se tratar um filme que termina com a seguinte poesia?

“Mar adentro, mar adentro,
E na leveza do fundo,
Onde se cumprem os sonhos,
Juntam-se duas vontades
Para cumprir um desejo.


Um beijo incendeia a vida
Com um relâmpago e um trovão,
E em uma metamorfose
Meu corpo já não era meu corpo;
Era como penetrar no centro do universo:

O abraço mais pueril,
E o mais puro dos beijos,
Até sermos reduzidos
Em um único desejo:

Seu olhar e meu olhar
Como um eco repetindo,
sem palavras:

Mais adentro, mais adentro,
Até o mais além do todo
Pelo sangue e pelos ossos.

Mas sempre acordo
E sempre quero estar morto
Para seguir com minha boca
Enredada em seus cabelos”.
Ramón

Sente-se bem hoje?

Então comece a escrever!